Matéria do Movimento Carroças Tem Solução.
O ex-prefeito de Curitiba Cássio Taniguchi, atual Secretário do Meio-Ambiente do Distrito Federal, falando ontem no Fórum Visão de Futuro para Porto Alegre, “detonou” a tese que o Paulo Santana defende em sua coluna “Carroças na França” (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a1862470.xml&template=3916.dwt&edition=9866§ion=72).
Primeiro Taniguchi, que é reconhecido mundialmente pelas gestões que realizou na Prefeitura de Curitiba dando continuidade e melhorando as iniciativas de Lerner, disse aos participantes do Fórum que carroceiro ou catador não é profissão, temos que ter a coragem de capacitar e profissionalizar realmente estas pessoas que estão à margem da sociedade moderna. Curitiba assim o fez e resolveu o problema, ainda alertou que falsos empresários exploram estas pessoas humildes.
Quanto às carroças na França, Paulo Santana refere-se à reportagem publicada ontem na Zero Hora, porém leia ao final desta mensagem a matéria original que foi publicada pela BBC.
Abaixo o foto do cavalo e carroça que serão utilizadas na França.
A cidade Trouville-sur-Mer, cidade na Normandia tem 5 000 habitantes e o Cavalo é da raça Clydesdale, com peso que varia de 700 a 1000 kg., raça nobre que serve para executar serviços pesados, como também para realizar apresentações, ou simplesmente, para montar. Devido a solidez de seus cascos, ele é utilizado até hoje em tração pesada urbana. É usado nas áreas planas, praças e parques, não em morros e vales como os de Porto Alegre. Certamente bem tratado, não perdem as ferraduras no caminho, como apresenta o video da trajetória do Santana conduzindo uma carroça que o cavalo mal-ferrado perde as ferraduras e é improvisado ferreamento a pregos.
Estes cavalos de raças não podem ser comparados com os cavalos que circulam nas nossas carroças, são alimentados, assistidos e não são alugados para jornada dupla de trabalho, são conduzidos por adultos, fiscalizados pelas ativistas da defesa e bem-estar animal da Europa e órgãos públicos para evitar os maus-tratos. Aqui se observa potrinhos puxando carroças, éguas prenhes e cavalos tombando no asfalto famintos e exaustos.
Discorda-se também que não poderíamos utilizar triciclos na cidade, como apresenta a matéria da Zero Hora de ontem: “Uma experiência que tirou carroças da rua” (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a1861448.xml&template=3898.dwt&edition=9863§ion=67).
Além disto, é muito claro como diz a matéria da Zero Hora sobre: “O duelo carroças x carros” (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a1860361.xml&template=3898.dwt&edition=9852§ion=67).
Matéria da BBC sobre: “França adota carroças contra aquecimento global”
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/12/071207_cavalosfranca_df.shtml
Daniela Fernandes
De Paris
Na Normandia, as carroças são usadas na coleta de garrafas
Preocupadas com questões ambientais relacionadas às mudanças climáticas, as prefeituras de cerca de 70 cidades francesas estão substituindo veículos motorizados por carroças puxadas por cavalos para realizar serviços públicos como coleta de lixo, transporte de pessoas e manutenção de jardins.
Para os governos municipais, a utilização de carroças puxadas por cavalos é uma forma de contribuir para lutar contra o aquecimento global e o aumento das taxas de emissão de CO2, considerado o principal gás causador do efeito estufa.
As autoridades apontam que, ao usar as carroças de tração animal, não há consumo de nenhum tipo de energia fóssil ou elétrica. Além disso, o animal não polui o meio-ambiente.
Para tarefas realizadas em curtas distâncias, como recolher sacos plásticos de lixo nas ruas, os funcionários públicos deixam normalmente os motores dos veículos ligados durante a coleta, o que provoca um aumento na emissão de gases poluentes.
Economia
Segundo as autoridades locais, a iniciativa também está sendo adotada por razões econômicas.
Para Olivier Linot, secretário-geral da prefeitura de Trouville-sur-Mer, cidade na Normandia, que utiliza as carroças para recolher garrafas recicláveis em restaurantes, o preço dos cavalos é mais acessível e o tempo de trabalho do animal é superior ao dos carros.
Linot explica que o usado na coleta custou 2,5 mil (R$ 6,5 mil reais), enquanto o carro usado no mesmo serviço custa 20 mil euros (R$ 52 mil).
"Os gastos mensais podem se equilibrar, mas o veículo precisa ser trocado após cinco ou seis anos. Já o cavalo pode trabalhar 15 anos", disse Linot à BBC Brasil.
Para ele, as eleições municipais do próximo ano podem acelerar a prática, já que muitos candidatos devem se inspirar na idéia para apresentar programas ambientais em suas campanhas.
Expansão
Mas não é apenas em cidades pequenas que o uso dos cavalos vem ganhando adeptos. Em ambientes urbanos, como em Lyon, por exemplo, as carroças de tração animal são utilizadas para coletar sacos de lixo parques.
Em Paris, a utilização das carroças também foi adotada. Na capital, as carroças são usadas no Jardim de Vincennes para regar plantas e também esvaziar os lixos do parque.
As polícias municipais de cerca de 25 cidades do país, como Bordeaux, Montpellier e Versalhes, também passaram a utilizar cavalos para realizar funções nas quais eram usados veículos motorizados.
Segundo o Haras Nacional, instituição ligada ao governo francês, mil cavalos já são usados por polícias municipais do país.
Saint-Pierre-sur-Dive, na Normandia, foi a primeira cidade a utilizar o sistema, em 1993, na coleta do lixo. No ano passado, o cavalo passou a ser usado também para transportar crianças à escola.
Crítica
Os críticos do uso da carroça de tração animal no serviço público apontam que as fezes dos cavalos podem sujar a rua. No entanto, o problema foi resolvido com a utilização de sacos acoplados ao animal e muitas prefeituras já aderiram à prática.
Linot é também presidente da Comissão Nacional para o Desenvolvimento dos Cavalos Territoriais, organização criada para promover a troca de informações entre prefeituras sobre a utilização do animal.
Segundo ele, há cerca de 30 outras cidades interessadas no uso de cavalos para trabalhos públicos e dez delas já estão desenvolvendo projetos.
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Um comentário:
Lembrete: próximo dia 12 de junho será a votação na Câmara de Vereadores do PL que reduz gradativamente a circulação de carroças em Porto Alegre, terminando num prazo máximo de 8 anos.
Mais informações no blog:
http://carrocastemsolucao.blogspot.com
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